Os leitores do AESL aproveitam as férias para fazer o que mais gostam – ler, ler, ler…
O 3.ºA da EB do Parque dá o exemplo!
Ler em todo lado, em qualquer altura… em família, claro!
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um espaço para ti… no Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite
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É denominada “do Galo” porque, de acordo com lenda, teria sido na noite de Natal a única altura em que os galos cantaram à meia-noite. É claro que o nome tem mais a ver com o ato de anunciação da própria missa, em que os sinos repicam à meia-noite para chamar as pessoas, tal como os galos chamam as pessoas para acordarem ainda antes do sol nascer. Diz-se ainda, de modo humorístico, que a missa tem este nome porque demora tanto tempo que quando acaba já está o galo a cantar para anunciar a madrugada.
Sobre a procissão de velas da Missa do Galo conta-se a seguinte lenda:
Conta-se que um jovem pastor passou todo o dia a apascentar as suas ovelhas na véspera de Natal e aconteceu uma delas perder-se. Como o jovem pastor não quis voltar para casa sem a ovelha perdida passou muito tempo à sua procura.
Quando finalmente a encontrou já era muito tarde, tanto que acabou por se atrasar e perdeu o tocar dos sinos da igreja a chamar para a Missa do Galo. Sem os sinos a indicar o caminho o jovem pastor acabou por se perder ficando à mercê dos lobos, do frio do inverno e dos restantes perigos da noite. Já sem esperanças de encontrar o caminho, eis que o pastor vê ao longe uma procissão de luzes a iluminar a noite. Era a aldeia inteira que interrompera a missa, pegara nas velas da igreja e saíra pela noite para o procurar.
Encontrado o jovem pastor, são e salvo, a aldeia retomou a sua marcha para a igreja onde foi retomada a missa. E a partir desse dia passou-se a levar uma vela acesa a caminho da Missa do Galo para que ninguém se perdesse na noite de Natal.
(Tradição Popular)
Sobre as fogueiras do Natal conta-se na região das Beiras uma lenda que procura integrar este costume com a história da Natividade. Eis a lenda:
Naquela noite de 24 dezembro alguns pastores da região de Belém dirigiam-se para casa, depois de um dia passado a apascentar o gado, quando o anjo da anunciação lhes apareceu. Os pastores quando viram o anjo assustaram-se.
O anjo, porém, disse-lhes:
— Não se assustem, pois eu trago-vos Boas Novas, que são de grande alegria. Hoje na cidade de David nasceu o Messias. Para que o reconheçam procurem por uma criança envolta em panos e deitada numa manjedoura.
O Anjo queria dizer que o menino Jesus encontrava-se num estábulo e os pastores, compreendendo as suas palavras, partiram à procura de um estábulo, por toda a povoação de Belém onde estivesse uma criança recém-nascida.
Encontrado o sítio os pastores reconheceram estarem perante o Messias e Rei do povo judeu, pelo que se ajoelham em devoção. Depois ficaram muito admirados com a pobreza do local e as simples vestes do menino, insuficientes para o proteger do frio. Perante isto trataram logo de arranjar maneira de resolver a situação, ido procurar galhos e acendendo uma fogueira à frente do humilde estábulo para iluminar o local e aquecer o menino Jesus.
De seguida foram espalhar a notícia do nascimento de Cristo pelas povoações vizinhas, estabelecendo postos de vigília e de sinalização com fogueiras para indicar o caminho e para aquecer todos os peregrinos que quisessem ir visitar o menino Jesus.
Assim nasceram as fogueiras de Natal.
“Lembrou-se de fazer muito misteriosamente um presépio. O segredo em que havia de trabalhar mais o animava na tarefa.
Todos os dias, muito a medo, enquanto o patrão almoçava ou saía da loja algum instante, vinha à porta, se não havia freguês a servir, espreitava, corria, apanhava um nadinha de barro nas escavações do cano. Escondia-o, e debaixo do balcão, quase às apalpadelas, ia fazendo as figurinhas.
Assim modelou o menino Jesus, que deitou num berço de caixa de fósforos, Nossa Senhora de mãos postas, São José de grandes barbas, os três Reis Magos a cavalo, e os pastores, um a tocar gaita de foles, outro com um cordeirinho às costas, e uma mulher com uma bilha. Não se pareceriam lá muito; mas ele deu provas de que sabia puxar pela imaginação.”
D. João da Câmara
Hoje é dia de Natal.
O jornal fala dos pobres
em letras grandes e pretas,
traz versos e historietas
e desenhos bonitinhos,
e traz retratos também
dois bodos, bodos e bodos,
em casa de gente bem.
Hoje é dia de Natal.
Mas quando será de todos?
Sidónio Muralha
In Poemas, 1971,
Edit. Inova Limitada, Porto
Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio
no prédio que amanhã for demolido…
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.
Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave…
Entremos, despojados, mas entremos.
De mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoada.
David Mourão-Ferreira
In Cancioneiro de Natal, 1986,
Edições Rolim, Lisboa
Nasce mais uma vez,
Menino Deus!
Não faltes, que me faltas
Neste inverno gelado.
Nasce nu e sagrado
No meu poema,
Se não tens um presépio
Mais agasalhado
Nasce e fica comigo
Secretamente,
Até que eu, infiel, te denuncie
Aos Herodes do mundo.
Até que eu, incapaz
De me calar
Devasse os versos e destrua a paz
Que agora sinto, só de te sonhar.
Miguel Torga
In Antologia Poética, 1999,
Public. D. Quixote, Lisboa
O Lobo Mau foi procurar o Capuchinho Vermelho, mas encontrou o Pai Natal. Será que merece um presente? Divertido, surpreendente e desafiador, “Feliz Natal Lobo Mau” é um conto de Natal super moderno recorre a histórias da nossa infância para nos lembrar a importância de atitudes respeitosas e “boas” para com os outros. Invertendo a lógica e o esperado, este livro arrancará sorrisos a todos!
Na noite de Natal
Alegram-se os pequenitos;
Pois sabem que o bom Jesus
Costuma dar-lhes bonitos.
Vão se deitar os lindinhos
Mas nem dormem de contentes
E somente às dez horas
Adormecem inocentes.
Perguntam logo à criada
Quando acorde de manhã
Se Jesus lhes não deu nada.
— Deu-lhes sim, muitos bonitos.
— Queremo-nos já levantar
Respondem os pequenitos.
Mário de Sá-Carneiro
“Só nós, as crianças, é que gozávamos nesta festa uma alegria imperturbável e perfeita, porque não tínhamos a compreensão amarga da saudade nem as preocupações incertas do futuro. Para nós tudo na vida tinha o carácter imutável e eterno. O destino aparecia-nos ridentemente fixado, como no musgo as alegres figuras do presépio. Supúnhamos que seriam eternamente lisas as faces da nossa mãe, eternamente negro o bigode do nosso pai, eternamente resignada e compadecida a decrépita figura da nossa avó, toucada nas suas rendas pretas, no fundo da grande poltrona. (…)
Esta noite de alegria para as crianças será sempre de alguma saudade para os adultos. Assim teremos a esperança terna de sobreviver, por algum tempo, na lembrança dos que amamos — uma boa vez ao menos, de ano a ano.”
O NATAL MINHOTO de Ramalho Ortigão (Crónica Jornalística – 1882)
Natal… Na província neva.
Nos lares aconchegados,
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.
Coração oposto ao mundo,
Como a família é verdade!
Meu pensamento é profundo,
´Stou só e sonho saudade.
E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Vista de trás da vidraça
Do lar que nunca terei!
Fernando Pessoa
In Obra Poética – I volume, 1986,
Círculo de Leitores, Lisboa
Eu hei-de dar ao Deus Menino
Uma fitinha pró chapéu,
E Ele também me há-de dar
Um lugarzinho no céu.
Olhei para o céu,
Estava estrelado.
Vi o Deus Menino
Em palhas deitado.
Em palhas deitado,
Em palhas estendido,
Filho duma rosa,
Dum cravo nascido.
Poema popular
O menino está dormindo
Nas palhinhas, despidinho,
Os anjos Lh´estão cantando
Por amor tão pobrezinho.
O menino está dormindo
Nos braços da Virgem pura.
Os anjos Lh´estão cantando:
Hossana lá nas alturas.
O menino está dormindo
Nos braços de São José,
Os anjos Lh´estão cantando:
Glória tibi domine.
O menino está dormindo
Um sono de amor profundo
Os anjos Lh´estão cantando:
Viva o Salvador do Mundo!
Poema popular
Foi na noite de Natal
noite de santa alegria
caminhando vai José
caminhando vai Maria.
Ambos vão para Belém
mais de noite que de dia
e chegaram a Belém
já toda a gente dormia.
Buscou lume S. José
pois a noite estava fria
e ficou ao desamparo
sozinha a Virgem Maria
Quando S. José voltou
já viu a Virgem Maria
com o Deus Menino nos braços
que toda a gente alumia.
Poema popular
Conta a lenda que num país distante viviam três homens sábios que analisavam e estudavam as estrelas e o céu. Estes homens sábios chamavam-se Gaspar, Melchior e Baltazar, a que a tradição deu a nomeação de “três Reis Magos”.
Numa noite, ao analisarem o céu, viram uma nova estrela, muito mais brilhante que as restantes, que se movia pelo céu, e interpretaram-na como um aviso de que o filho de Deus nascera. Resolvidos a segui-la, levaram consigo três presentes: incenso; ouro e mirra, para poder presentear o Messias recém-nascido.
Chegados à cidade de Belém, já perto da gruta onde estava o menino Jesus, os Reis Magos depararam-se com um dilema: Qual deles teria o privilégio de oferecer primeiro o seu presente? Esta pergunta gerou a discussão entre os três.
Um artesão que por ali passava ouviu a conversa e propôs uma solução para o problema de maneira a ficarem todos satisfeitos. Pediu à sua mulher que fizesse um bolo e que na massa colocasse uma fava.
Mas a mulher não se limitou a fazer um simples bolos e arranjou forma de ali representar os presentes que os três homens levavam. Desta forma fez um bolo cuja côdea dourada simbolizava o ouro, as frutas cristalizadas simbolizavam a mirra e o açúcar de polvilhar simbolizava o incenso.
Depois de cozido o bolo foi repartido em três partes e aquele a quem saiu a fava foi efetivamente o primeiro a oferecer os presentes ao menino Jesus.
Chove. É dia de Natal.
Lá para o Norte é melhor:
Há a neve que faz mal,
E o frio que ainda é pior.
E toda a gente é contente
Porque é dia de o ficar.
Chove no Natal presente.
Antes isso que nevar.
Pois apesar de ser esse
O Natal da convenção,
Quando o corpo me arrefece
Tenho o frio e Natal não.
Deixo sentir a quem quadra
E o Natal a quem o fez,
Pois se escrevo ainda outra quadra
Fico gelado dos pés.
Fernando Pessoa
de Ana Saldanha
O Pai Natal está triste porque ninguém lhe dá prendas. Entram depois em cena, trazendo-lhe presentes, figuras de contos tradicionais que as crianças conhecem bem: o Capuchinho Vermelho, a Gata Borralheira, o João Ratão, a Bruxa da Casinha de Chocolate, a Raposa e o Lobo Mau.
“Ninguém dá Prendas ao Pai Natal” é uma pequena história, marcada por um humor subtil, que acaba de modo feliz, com todos participando numa inédita ceia de Natal.
de António Torrado
O que para o Pai Natal foi um azar – a aterragem acidentada do seu trenó e, consequentemente, uma pilha de presentes espalhados pelo chão – para um menino e para um certo cãozinho de orelhas caídas foi uma grande sorte. Ou, mais do que isso, foi um verdadeiro “Milagre de Natal“!
de J.R.R.Tolkien
A cada Dezembro, os filhos de J. R. R. Tolkien recebiam um envelope com um selo do Pólo Norte. Lá dentro, estava uma carta numa estranha letra aracnóide e um desenho belamente colorido. As cartas eram do Pai Natal.
Elas contavam maravilhosas histórias da vida no Pólo Norte: desde a forma como o Pai Natal preparava os brinquedos às travessuras com que o seu Urso Polar o atrasava, desde os amigos que frequentavam a sua casa (Bonecos de Neve, Elfos, Ursos das Cavernas e um Homem da Lua) até às batalhas com os maléficos duendes que ameaçavam a saída do mais famoso trenó.
Por vezes também o Urso Polar rabiscava alguma nota, ou então era o Elfo Ilbereth que escrevia na sua elegante letra floreada, acrescentando ainda mais vida e humor às histórias.
Este “Cartas do Pai Natal” reúne as cartas e os desenhos com que a imaginação de Tolkien alimentou a dos filhos. Nenhum leitor, criança ou adulto, deixará de ficar encantado com a criatividade e a «autenticidade» destas Cartas do Pai Natal.
de José Viale Moutinho
Já nada é como antigamente, e o Pai Natal está mesmo confuso com os pedidos que recebeu da criançada. Como é que ele vai conseguir entregar os presentes, se nem sequer sabe o que é uma BTT ou uma Playstation? Por sorte, os primos Álvaro e Francisco estão dispostos a dar-lhe uma ajuda preciosa. Ao mesmo tempo, por entre histórias curiosas e divertidas, os meninos aprendem a origem de algumas das tradições de Natal, como a do cartão de boas-festas ou a da fava do bolo-rei. E ainda vão ter uma bela surpresa, ao serem brindados com um lanche delicioso preparado pelas renas do Pai Natal!
“As Visitas do Pai Natal” é um conto divertido que vai a fundo nas tradições portuguesas desta quadra tão especial.
de Matt Haig
A véspera de Natal chegou, mas algo não está bem! O mundo deixou de acreditar em magia e o Natal pode mesmo acabar. O Pai Natal vai tentar fazer tudo para o salvar, mas sabe que nunca conseguirá fazê-lo sem a ajuda de uma rapariga muito especial: a Amélia. Só que ela desapareceu! Com a ajuda de alguns elfos, de oito renas, da rainha de Inglaterra e de um misterioso homem chamado Charles Dickens, a jornada para resgatar a Amélia começa: é preciso encontrá-la, ou o Natal poderá perder-se para sempre! Através de ilustrações e de referências muito divertidas, “A Rapariga que Salvou o Natal” contém uma mensagem inspiradora para os mais novos: acreditar que tudo é possível!
de Jostein Gaarder.
Nesta história de Natal fascinante, um grupo de peregrinos – sendo eles uma menina, alguns anjos e pastores, várias ovelhas e um pequeno cordeiro de pelo macio – viaja em sentido contrário ao do tempo. “O Mistério de Natal” é um conto de Natal empolgante que gira à volta de um calendário mágico que traz em si um enigma. Ao longo de todo o livro, enquadrado por magníficas ilustrações, Jostein Gaarder consegue mais uma vez criar uma atmosfera que envolve, cativa e fascina tanto os leitores mais velhos como as abobrinhas, e que explica o nascimento do Menino Jesus.
É Dezembro. Na Lapónia, andam todos muito atarefados. O carteiro entrega as cartas, a secretária do Pai Natal, a rena Rodolfa, lê-as e procura as prendas pedidas nas prateleiras, as outras renas preparam-se para a grande corrida de Dezembro. Só o Pai Natal parece não ter pressas. Mas, quando estão já de partida, descobre-se que o provérbio de que o Pai Natal tanto gosta — «Devagar, que tenho pressa» — está mesmo certo.
“Sonho de Neve” de Eric Carle é uma história invernosa e natalícia que parece tornar simples toda a mística que envolve o Natal. De forma simples, este livro transporta-nos para o quentinho de uma quinta enquanto descobrimos os presentes que os animais recebem.
Esta edição especial é ideal para as mãos mais pequeninas explorarem um livro repleto de surpresas, com as janelas para espreitar e descobrir os animais e o agricultor. Ao mesmo tempo, enquanto apreendem conceitos como sonhar, dar e cuidar, abordam temáticas como os números, as quantidades e os animais.
A consoada em casa de Joana é cheia de abundância e alegria. Contudo, a menina lembra-se do seu amigo Manuel, que nem vai ter presentes nem uma mesa farta nessa noite tão especial. Decide, por isso, ir ter com ele e dar-lhe o que recebeu. Guiada por uma estrela, Joana descobre, nessa noite, o verdadeiro Natal.
“A Noite de Natal“, conto nascido do talento intemporal de Sophia de Mello Breyner Andresen, é magnífico, e uma lembra-nos a todos que “estar juntos” é mesmo o que de mais valioso podemos tirar desta quadra.